quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Homeostase e Resposta às Condições Ambientais


Homeostase

É  a manutenção do ambiente interno fisiológico  relativamente estável ou equilibrado de um organismo,população ou comunidade. 
Exemplo: a manutenção da temperatura do corpo humano em 36,5 °C,mesmo que a temperatura ambiente seja 15°C.


GLOSSÁRIO DE TERMOS


Aclimatização
Modificações na tolerância à temperatura de acordo com as variações climáticas a que um animal está exposto em ambientes naturais.


Refere-se à capacidade dos seres vivos de adaptar-se ao ambiente natural em que vivem. Essa adaptação normalmente é duradoura, o que resulta em aumento de tolerância a contínuas ou repetidas exposições a vários estressores climáticos (normalmente produzidos sob condições de campo).Isso pode ser algo bem discreto ou parte de um ciclo periódico, como troca da pelagem de inverno de mamíferos para uma pelagem mais leve no verão.



                             Aclimatação
Alterações fisiológicas específicas desenvolvidas em resposta à variação de condições experimentais - em laboratório.

O processo de aclimatação afeta acentuadamente a intensidade da termogênese química; alguns animais que ficaram expostos durante várias semanas a um meio ambiente muito frio exibem um aumento de até 100 a 500% na produção de calor quando agudamente expostos ao frio, em contraste com o animal não aclimatado, que responde com aumento de, talvez, um terço dessa resposta. 



                   
                                                        Endotérmico


Endotérmicos são animais que conseguem manter uma temperatura interna estável, produzem calor por processos metabólicos (ou utilizam-nos para perder calor), também são chamados de animais de sangue quente.







Ectotérmico
Animais que possuem a capacidade de regular a temperatura do seu corpo conforme a temperatura do ambiente onde estão. Exemplos: peixes, répteis, anfíbios e invertebrados cuja principal fonte de calor não é oriunda do metabolismo interno, e sim, do ambiente.

                                        

                                                Pecilotérmico


Os pecilotérmicos variam sua temperatura corporal de acordo com a temperatura do ambiente, mas controlam essa variação por métodos comportamentais. Por exemplo, o lagarto fica exposto ao sol pela manhã e se esconde do sol durante o resto do dia para evitar o hiperaquecimento.



Heterotérmico
O mesmo que pecilotérmico: Seres que não possuem um mecanismo interno de regulação da Temperatura corporal. Assim, a temperatura interna varia de acordo com a temperatura ambiental. Nesse grupo, estão os invertebrados, peixes, anfíbios, répteis e vegetais.
  
Homeotérmico
 Os homeotérmicos conseguem manter sua temperatura corporal constante na presença de variações significativas de temperatura ambiente.
 São homeotérmicos as aves e os mamíferos. 




Termogênese
É a produção de calor. Realizada através de processos que convertem energia
química em calor.Ocorre nos órgãos profundos, principalmente no fígado, cérebro,coração e músculos esqueléticos (órgãos calorigênicos).

Existem 2 tipos: termogênese por tremor e sem tremor, sendo que ambos convertem energia química (hidrólise do ATP) em calor. O tremor é realizado pelos animais endotérmicos e alguns insetos que se utilizam da contração muscular como forma de produzir e liberar calor. A termogênese sem tremor é obtida especialmente pelo metabolismo da gordura,que é quebrada produzindo calor.

Termólise
É a perda de calor. A intensidade da termólise depende da rapidez com que o
calor é conduzido para a superfície do corpo – determinada pela condutividade térmica e do grau de isolamento térmico (pelos; penas; camada de gordura). Além disso, o “arrepiar” de pelos ou penas reduz a convecção e a dissipação do calor pelo vento.

                                                                                      Febre
Febre é uma elevação da temperatura corpórea (acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitas como indicadores de febre as temperaturas: retal acima de 38º C e Axilar ou oral acima de 37,5º C), resultante de modificações provocadas por pirogênicos que são substâncias extremamente potentes que atuam sobre o hipotálamo, aumentando o ponto fixo para a temperatura corpórea. Incluem produtos bacterianos como endotoxinas de bactérias Gram negativas e proteínas produzidas pelos próprios tecidos do corpo, em particular por leucócitos. Os pirogênicos exógenos, como a endotoxina, podem estimular os leucócitos a produzirem pirogênio endógeno.




Hipotermia
Redução da temperatura corporal abaixo do normal.
A hipotermia ocorre quando a temperatura normal do corpo, que é 37ºC (98.6F) desce para menos de 35ºC (95ºF).
A hipotermia é normalmente causada pela longa permanência num ambiente frio. A hipotermia é muitas vezes desencadeada pela exposição prolongada à chuva, ao vento, à neve ou a imersão em água fria.





Hibernação
Queda de temperatura corporal durante o sono de inverno que dura por semanas ou mesmo meses. Durante a hibernação o “termostato” hipotalâmico é reajustado a temperaturas reduzidas.
 Características:
- Despertar - gordura marrom (rica em mitocôndrias);
- Aumento do depósito de gordura antes de hibernar ;
- Armazenamento de alimento e aumento do                                                                                                 
consumo de água;
- Redução brusca da freqüência cardíaca e respiratória;
- Diminuição da taxa metabólica.

Topor
Ocorre geralmente em animais nos quais se torna vantajosa a diminuição da temperatura corporal enquanto não estão se alimentando ou ativos (ex: beija-flor -reduz sua temperatura diária de 40ºC para um nível noturno de 13ºC ). Esses animais possuem uma taxa metabólica extremamente elevada, sendo um “desperdício” o consumo de energia enquanto dormem.

Tonicidade
Refere-se a concentração da solução.

 A Tonicidade de uma solução refere-se à tendência do volume celular diminuir ou aumentar quando as células são colocadas em solução.


Hipotônico
Solução que tem menor concentração de solutos e sua concentração relativa de solventes é maior.

Hipertônico
Solução que tem maior concentração de solutos e sua concentração relativa de solventes é menor.






                                                                                  Anádromo
Peixes que migram do mar para o rio.
A tainha e o salmão (vivem em ambientes marinhos) desovam em água doce, razão pela qual são chamados anádromos  ( migram do mar para o rio).





Catádromo
Peixes que migram do rio para o mar. 
Ex.:enguia, peixe típico do Rio Amazonas, desova no oceano.



                                                     

                                                Eurialino
São animais capazes de sobreviver bem em ambientes aquáticos onde a salinidade varia muito. Porque suportam larga faixa de variação de salinidade. Moluscos, crustáceos e peixes que vivem em estuários de rios, onde a salinidade varia de acordo com as marés, são exemplos de animais eurialinos.



 Estenoalino
Animais que sobrevivem somente em um estreito limite de salinidade da água.
Exemplo: maioria dos seres vivos aquáticos.


Referências:

  
  
·         Biologia dos Organismos VOL. 2 - AMABIS e martho pdf

·         Coleção explorando o ensino volume 6
              Biologia, ensino médio Brasília - 2006

         ·         http://turmadomario.com.br/cms/images/download/biologia/2012_aula_09_os_seres_vivos_e_o_ambiente.pdf








domingo, 13 de janeiro de 2013

Adaptações animais para clima quente



Adaptações animais para clima quente

Na busca pela sobrevivência, a adaptação ao ambiente é de fundamental importância, pois é o que determina quem continua a viver. Por isso ao longo de toda evolução os seres vivos, em algum momento tiveram que modificar hábitos ou características físicas que lhes propiciasse melhor adaptação ao ambiente, aumentando assim sua chance de sobrevivência e proliferação no planeta. 

Quanto à sua temperatura corporal existem dois tipos de animais:

*      Poiquilotérmicos - animais de temperatura variável (sua temperatura varia de acordo a temperatura ambiente);
*      Homeotérmicos - animais de temperatura constante (a temperatura não varia de acordo a do ambiente).

Adaptações às altas temperaturas:

Revestimento corporal
*      Extremidades corporal de grandes dimensões, para perder o calor em excesso;
*      Revestimento de escamas para proteção do calor em excesso no ambiente.

Adaptação corporal

Rato do campo
  Estivação – alguns animais 
não se mantêm ativos durante
 altas temperaturas entrando 
num estado de dormência.





Adaptações ao clima seco:

*      Diminuição da produção de urina;
*      Atividade nas horas menos quentes pra reduzir a transpiração;
*      Impermeabilização do corpo.

No deserto do Saara, por exemplo, os animais enfrentam a falta de água, clima extremamente seco, grandes oscilações de temperatura ao longo do dia. Pela manhã e à tarde, faz um calor de rachar-mais de 50 graus nos meses mais quentes - enquanto à noite o frio é tão intenso que a temperatura pode cair abaixo de zero.
O rigor climático obriga os animais a adotar curiosas estratégias de sobrevivência.  Muitos são capazes de tirar todo o líquido de que necessitam dos alimentos que consomem principalmente cactos, outros, como cobras, raposas e roedores, só deixam sua casa à noite, quando o calor dá um tempo.


Exemplos de adaptações animais ao clima quente:

 A girafa tem as pernas e o pescoço enormes que facilitam a dissipação de calor (apresentam maior área para a troca de calor).

Elefante africano tem suas enormes orelhas percorridas por um sistema de vasos sanguíneo intensamente subdividido fato que ajuda especialmente na tarefa de promover o resfriamento do sangue a cada abanada das orelhas.

Dromedário - parente do camelo Depois de beber 100 litros de água de uma vez só, ficam até três semanas sem tomar mais nada, extraindo líquido dos vegetais que consomem. Outro segredo desses animais é armazenar gordura nas corcovas e garantir energia quando faltar comida. Uma fileira extra de cílios protege os olhos e a musculatura das narinas permite que ele barre a entrada de areia. A corcova e as patas são adaptadas ao deserto. Camelos e dromedários conseguem caminhar vários dias pela areia.

Adax - Este grande antílope, maior animal nativo do Saara, pode passar meses na seca. Herbívoro, ele come gramínea, de onde retira a água de que necessita. Vive em bandos de 5 a 20 animais e tem hábitos noturnos ou crepusculares. De dia, protege-se do calor descansando em covas escavadas na areia.

Víbora chifruda -  Quando a cobra se enterra, apenas os dois chifres ficam à mostra. Bichos incautos pensam que os chifres são comida e se aproximam, tornando-se presas fáceis para o bote. A chifruda também é uma das serpentes mais flexíveis do planeta e adota uma forma peculiar de locomoção.

Feneco - Menor membro da família dos canídeos, o feneco praticamente não precisa beber água, pois a extrai de suas presas ou da vegetação. As orelhas grandes (1/4 de seu tamanho) ajudam a dissipar o calor e ajudam a achar suas presas (jerboa, insetos e pássaros) escondidas sob a areia.

Ratos-cangurus vivem em galerias sob o solo completamente fechadas, criando um microclima favorável à vida. Assim, eles evitam que a umidade exalada pela respiração escape, podendo reutilizá-la, graças a sofisticadas estruturas nasais.

Lagartos passeiam pela areia mesmo nas horas mais quentes do dia, pois andam bem depressa, apoiados na ponta das patas. Para se defender, algumas espécies têm espinhos poderosos e podem mudar de cor.

Referências:
http://www.recreio.com.br/licao-de-casa/a-vida-no-deserto